Doenças respiratórias, osteoarticulares e oculares podem atingir mais os pets no inverno, época em que também os animais sentem os efeitos da queda de temperatura e da diminuição na unidade do ar.
Para que a saúde dos bichinhos não seja afetada, veja abaixo oito dicas –e aqui não só para cães– dadas pelo médico veterinário Rodrigo Mainardi, conselheiro e membro da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo:
– Proteção – casinhas, cobertas e roupas são itens essenciais nesse período, para proteger os pets do vento e da chuva. Cães magros e de pelo curto são os que mais sentem frio. Já raças como chow chow e São Bernardo podem não precisar de roupa dentro de casa, mas é importante deixar cobertores e abrigos à disposição. Para os passeios, além do agasalho, o ideal seria sair em períodos do dia em que a temperatura esteja mais amena.
– Apetite – o animal pode ter mais apetite e comer mais em dias frios. A orientação é, se for o caso, dosar a quantidade. “A ingestão de ração industrializada em excesso pode levar ao aumento de peso de forma rápida, assim como o exagero na comida caseira”, diz Mainardi.
– Exercícios – apesar do aumento de apetite, os animais tendem a mostrar menos disposição para atividades físicas no frio. É importante estimular brincadeiras que façam o pet gastar energia acumulada em casa; os passeios, se possível, também devem incluir brincadeiras e corridas.
– Vacinas – pneumonias bacterianas também são mais comuns no inverno, para cães e gatos. Por isso, vacinas devem estar em dia. Além disso, o tutor deve evitar locais com muitos animais durante os passeios, devido à aglomeração e proliferação de bactérias. No tempo frio, é comum o contágio da traqueobronquite infecciosa canina, conhecida também como tosse dos canis –doença que se espalha rápido e é delicada para filhotes e idosinhos.
– Tosa – tosas mais curtas devem ser evitadas no inverno, especialmente em casos de animais idosos ou que ficam ao relento.
– Banhos – a frequência de banhos deve ser diminuída, e eles devem ocorrer em dias com temperatura amena. A água deve ser morna, e a secagem deve ser total. Segundo o veterinário, o ideal é que o animal não saia de casa até 30 minutos após o banho.
– Escovação – os animais tendem a se lamber mais no frio. No caso dos gatos, a ingestão de rolos pode formar bolas no estômago e levar à constipação intestinal. Já no caso dos cães, o principal problema é a formação de nós, que podem causar lesões na pele.
– Hibernação – o comportamento do animal pode mudar nos dias muito frios. Ele pode ficar mais letárgico e sonolento, e é preciso ter cuidado especial com répteis, diz Mainardi. “Eles não têm controle de temperatura corporal, portanto sua temperatura é bem próxima à do ambiente. Caso não tenham aquecedores específicos para a espécie, hibernação poderá ocorrer principalmente nos cágados, tartarugas e jabutis. Muitos proprietários confundem a hibernação com o óbito do animal”.
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